sexta-feira, 10 de junho de 2011

Incrível ... O Incrível Hulk não ser convocado

Numa votação levada a cabo pela "ESPN Brasil", Hulk viu premiada a excepcional temporada que realizou ao serviço do FC Porto.

Parece que o único brasileiro que está apostado em desprezar a carreira que Hulk vem fazendo é Mano Menezes que vai excluíndo o "Incrível" das suas convocatórias na "canarinha". De relembrar que o treinador da selecção brasileira, Mano Menezes, deixou Hulk de fora da lista de convocados para a Copa América, que decorrerá na Argentina no próximo mês.

No pódio, Hulk superiorizou-se a nomes como Dani Alves, do Barcelona, ou Marcelo, do Real Madrid, ambos protagonistas, por motivos diferentes, de épocas muito positivas.

Aliás, Hulk coleccionou dois prémios já que foi eleito não só pelo público, mas também pelos jornalistas. De referir ainda que os prémios foram entregues pelo amigo e ex-adversário no Benfica, David Luiz.

"Para mim é muito gratificante, pois apesar de não ter jogado quase nada no Brasil, ter meu trabalho reconhecido é para mim muito especial. Esta temporada foi uma das melhores, pois ganhamos quatro campeonatos em um ano que se disputa cinco, além de ser artilheiro, líder de assistências e campeão invicto", afirmou Hulk.

Link para download da entrevista completa

Todos nós sabemos das  inadmissíveis influências dos empresários nas convocatórias da selecção brasileira. Roça o ridículo deixar de fora Hulk da convocatória para a Copa América. 

Durante anos a fio jogadores brilham no FC Porto, não obstante,  têm sido esquecidos das convocatórias do escrete. São exemplo Aloísio, Jardel, Derlei, Fernando, Helton, Deco e Pepe (que acabaram por se naturalizar) etc.

Em 2007 o então técnico da selecção brasileira, Dunga, negou ter recebido recomendações de empresários na hora de decidir a lista de convocados para a Copa América.

O treinador falou sobre a acusação de que as convocações de Naldo e de Fernando teriam sido recomendações de um empresário. 


"Conheço empresários, assim como todo mundo, mas não falo com eles sobre futebol, e sim de política, economia ou qualquer outra coisa. Não aceito influência deles na selecção". "Alguns jornalistas são incompetentes e têm génio ruim".  

Será ....

28 de Julho de 2010




A renovação na selecção brasileira, iniciada com as convocatórias de Mano Menezes, não significam apenas a expectativa de um equipa mais jovem pensando nos Jogos Olímpicos de 2012 e no Campeonato do Mundo de 2014. 

É também uma oportunidade para que empresários vejam esses novos valores do futebol nacional brilhando com a camisa amarela e, o mais importante (ao menos para eles): transformem a vitrine em lucro.

Dezoito empresários cuidam das carreiras dos 24 convocados (Mano cortará Sandro ou Hernanes em função da Libertadores, que terá Inter ou São Paulo na decisão) para o amistoso do dia 10 de Agosto contra os EUA, em Nova Jersey. Seis deles têm o privilégio de contar com dois selecionáveis na carteira de clientes. Um é o paranaense Marcos Malaquias, da Mais Sports: o zagueiro Henrique e o goleiro Renan – grande surpresa da lista. A valorização é imediata.

“Já nos ligaram para ver qual é a situação dele, como está o contrato”, conta Malaquias sobre o goleiro do Avaí, um dos poucos atletas do clube catarinense a não estar na carteira de outro paranaense, Luiz Alberto Oliveira, da LA Sports.

Malaquias não quis falar em valores, mas contou que apenas a convocação já colocou Renan em outro nível: “Quando o jogador ‘carimba’ a seleção no passaporte, isso valoriza demais. Os clubes lá fora o procuram.”

O reflexo foi sentido em todos os cantos. O zagueiro David Luiz, do Benfica, por exemplo, foi cotado para reforçar o poderoso Real Madrid ou o emergente Man­chester City apenas um dia após a convocação.

Há, entretanto, quem não goste do assunto. Gilmar Veloz, empresário do paranaense Alexandre Pato, procurou ficar distante das benesses. “Para mim não vale nada. Para ele, como atleta, sim. Se o cara é convocado, bom para ele. Não sou dono de jogador, o dono é o Milan”, disse.

Já o empresário Joel Malucelli, detentor de 50% dos direitos económicos do volante Jucilei, do Corinthians, não se omite quanto ao valor que o mercado vê na selecção. “O valor do atleta passa a ser cotado em euros. E o Jucilei, pelas características físicas, tem perfil para jogar nos principais times da Europa. As expectativas são as melhores possíveis”, diz, sabendo que uma negociação para o exterior pode ficar mais próxima: “Sempre daremos prioridade ao Corinthians, mas sem dúvida passou a ser um cheque valorizado”.

Vestir a camisa pentacampeã rende mais que prestígio. Foi assim que o desconhecido atacante Afonso Alves trocou o obscuro Heerenveen, da Holanda, pelo rico futebol inglês. A passagem pelo Middlesbrough – e pela selecção, na era Dunga – durou pouco, mas rendeu R$ 40,5 milhões. Boa parte do lucro para o empresário Roberto Tibúrcio.

No comando da máquina nacional, Mano também passa a ficar na mira da opinião pública. O técnico é agenciado por Carlos Leite, empresário que teve dois convocados e que gerencia a carreira de 12 jogadores do Grêmio (ex-clube de Mano), 5 do Corinthians (último do clube do técnico) e do coxa-branca Enrico, por exemplo.

A partir de agora, até que uma base se forme, o torcedor vai ouvir vários novos nomes – e certamente desconfiar da qualidade de alguns. Enquanto isso, os empresários tentarão aproveitar a brecha. “Para o mercado, empresarialmente, o nome fica ainda mais forte”, admite Malaquias

O caminho inverso também é válido: jogadores passam a procurar os empresários, pensando na selecção. 

Entrevista com Marcos Malaquias, empresário

Quanto vale uma convocação para a selecção brasileira?
No caso do Henrique, por exemplo: mesmo o jogador sendo do Barcelona, o maior clube do mundo, ele não teve oportunidade de jogar oficialmente. Nós projectamos um crescimento na carreira dele e é importante que ele passe pela selecção para que isso aconteça. Recebemos um e-mail do Barça valorizando a convocação.

E para o empresário?
Você ter um jogador na selecção, e no nosso caso temos dois, nos dá mais credibilidade. Os jogadores querem trabalhar com a gente, que temos jogadores na selecção. Nós não queremos ter muitos jogadores [como clientes], mas, se quiséssemos, podíamos usar isso. Nossa meta é que na próxima estejam o Rafinha, o Keirrison...

É importante ser bem relacionado com o técnico da selecção para que isso aconteça?
Eu não o conheço, mas acho válido. É relacionamento. Todo mundo ganha.

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